SOHMA em Foco: Sistemas Integrados Podem Aumentar o Carbono Orgânico no Solo dos Sertões Brasileiros

Como o clima, o relevo e o uso da terra influenciam o estoque de carbono orgânico do solo nos sertões do Brasil? Essa foi a pergunta que guiou o estudo liderado por Lucas Greschuk, atual doutorando do SOHMA.

  • Objetivo do Estudo:

A pesquisa avaliou como diferentes usos da terra e classes climáticas afetam os estoques de Carbono Orgânico do Solo (COS) e Nitrogênio Total (NT) nos sertões brasileiros, com foco em alternativas de manejo que favoreçam o acúmulo de carbono e fortaleçam a resiliência desses ecossistemas vulneráveis.

  • Metodologia:

Foi realizada uma revisão de 48 estudos científicos, reunindo dados sobre estoques de COS e NT em diversas categorias de uso da terra: vegetação nativa, sistemas agropecuários tradicionais, e sistemas agrícolas integrados (SAIs). O estudo também considerou o tempo de conversão do uso da terra, o tipo de solo, atributos do terreno e índice de aridez. Modelos lineares mistos foram utilizados para avaliar o impacto das variáveis sobre os estoques de COS e NT.

  • Principais Resultados:

  • Os estoques de COS nos SAIs foram:

    • 45% maiores do que em áreas agrícolas convencionais;

    • 12% maiores que em pastagens;

    • 1% maiores que em vegetação nativa.

  • Apesar do potencial de mitigar perdas de carbono e promover uma agricultura mais sustentável, os SAIs ainda enfrentam obstáculos importantes, como:

    • Alto custo inicial;

    • Baixo acesso a crédito;

    • Falta de assistência técnica;

    • Escassez de mão de obra especializada;

    • Limitações pedológicas;

    • Dificuldades com mecanização e escassez hídrica.

  • Um mapa de índice de aridez (.shp) foi desenvolvido e está disponível gratuitamente.